
Convergência digital foi um conceito que surgiu, em primeira mão, para recobrir o movimento de aproximação dos setores das telecomunicações e da tecnologia da informação, uma aproximação perspectivada sobretudo a partir do movimento de digitalização das telecomunicações.
A tecnologia da informação - toda a que diz respeito ao hardware e software dos computadores - constitui um mundo por natureza digital. Posteriormente, algo de semelhante - a digitalização, e portanto a entrada para a área da convergência - veio progressivamente a acontecer com os setores do áudio (música), da imagem fixa (fotografia) e do audiovisual.
Uma convergência [tecnologicamente] permitida pela “banalização” digital da forma assumida pelos diferentes tipos dos “principais” sinais da comunicação humana. Ou seja, os sinais destinados a serem ouvidos e os sinais destinados a serem vistos - pois foram estes que se tornaram o objecto das telecomunicações e da teledifusão, quer sonora quer televisiva (os outros sinais de comunicação à distância, os do olfato “ainda” não entram neste tipo de atividades). Com efeito, quer os sinais destinados a ser ouvidos quer a ser vistos foram tradicionalmente tratados de forma analógica nas redes de telecomunicações e de teledifusão.
Assim, a base tecnológica empregada pela tecnologia da informação, a digital, era bastante diferente da que servia de base ao tratamento e transmissão dos sinais elétricos analógicos que reproduziam os seus equivalentes sonoros (voz no telefone, música e voz na teledifusão) ou visuais (as imagens da televisão, do cinema ou da fotografia). Mas, a partir do momento em que passaram a existir as necessárias condições de conhecimento científico, de saber fazer tecnológico e de produção e oferta economicamente viáveis, e que os diversos tipos de sinais passaram a ser descritos de forma semelhante, apareceram as referências à convergência.
É óbvio que - neste momento - o leitor estará no seu pleno direito, e com razão, de chamar a atenção, de quem estas linhas escreve, para o fato de historicamente as telecomunicações terem começado por um meio de comunicação digital - a telegrafia - e não analógico - o telefone só viria a ser inventado algum tempo mais tarde. É verdade. E a telegrafia foi-se desenvolvendo, nomeadamente estabeleceu-se através da rede telex. Mas, em termos de meios infraestruturais de telecomunicações, teve de “submeter-se” aos meios de transmissão analógicos, estes voltados para o enorme “peso” do serviço telefônico.
Portanto, repegando agora no fio da meada, uma convergência, a digital, entre setores diferentes, perspectivada desde logo pelos fabricantes dos diversos tipos de equipamentos destas áreas. A eles, apareceu-lhes tal convergência como um desenlace lógico: estabelecimento de sinergias transversais (intersetoriais) novas, quer no alargamento de mercados quer nos sistemas produtivos; obtenção de economias de escala mais amplas e, sobretudo, de economias de âmbito, através de investimentos utilizados simultaneamente para a fabricação de produtos de diferentes áreas conexas do novo supersector em construção.
O novo conjunto tecnológico resultante, ou a resultar, do processo de convergência passou a ser designado pela sigla ICT (Information and Communication Technologies), um nome que se expandiu com grande rapidez, em particular através das atividades de Investigação e Desenvolvimento dos Programas Quadro da União Europeia desenvolvidas por consórcios multinacionais e multi-setoriais - um terreno muito fértil para o lançamento e adoção de siglas “ganhadoras”. E, no que toca a outras línguas, a sigla ICT viu também a sua consagração. Em português, virou TIC (tecnologias da informação e comunicação), ou melhor TICs...
A tecnologia da informação - toda a que diz respeito ao hardware e software dos computadores - constitui um mundo por natureza digital. Posteriormente, algo de semelhante - a digitalização, e portanto a entrada para a área da convergência - veio progressivamente a acontecer com os setores do áudio (música), da imagem fixa (fotografia) e do audiovisual.
Uma convergência [tecnologicamente] permitida pela “banalização” digital da forma assumida pelos diferentes tipos dos “principais” sinais da comunicação humana. Ou seja, os sinais destinados a serem ouvidos e os sinais destinados a serem vistos - pois foram estes que se tornaram o objecto das telecomunicações e da teledifusão, quer sonora quer televisiva (os outros sinais de comunicação à distância, os do olfato “ainda” não entram neste tipo de atividades). Com efeito, quer os sinais destinados a ser ouvidos quer a ser vistos foram tradicionalmente tratados de forma analógica nas redes de telecomunicações e de teledifusão.
Assim, a base tecnológica empregada pela tecnologia da informação, a digital, era bastante diferente da que servia de base ao tratamento e transmissão dos sinais elétricos analógicos que reproduziam os seus equivalentes sonoros (voz no telefone, música e voz na teledifusão) ou visuais (as imagens da televisão, do cinema ou da fotografia). Mas, a partir do momento em que passaram a existir as necessárias condições de conhecimento científico, de saber fazer tecnológico e de produção e oferta economicamente viáveis, e que os diversos tipos de sinais passaram a ser descritos de forma semelhante, apareceram as referências à convergência.
É óbvio que - neste momento - o leitor estará no seu pleno direito, e com razão, de chamar a atenção, de quem estas linhas escreve, para o fato de historicamente as telecomunicações terem começado por um meio de comunicação digital - a telegrafia - e não analógico - o telefone só viria a ser inventado algum tempo mais tarde. É verdade. E a telegrafia foi-se desenvolvendo, nomeadamente estabeleceu-se através da rede telex. Mas, em termos de meios infraestruturais de telecomunicações, teve de “submeter-se” aos meios de transmissão analógicos, estes voltados para o enorme “peso” do serviço telefônico.

O novo conjunto tecnológico resultante, ou a resultar, do processo de convergência passou a ser designado pela sigla ICT (Information and Communication Technologies), um nome que se expandiu com grande rapidez, em particular através das atividades de Investigação e Desenvolvimento dos Programas Quadro da União Europeia desenvolvidas por consórcios multinacionais e multi-setoriais - um terreno muito fértil para o lançamento e adoção de siglas “ganhadoras”. E, no que toca a outras línguas, a sigla ICT viu também a sua consagração. Em português, virou TIC (tecnologias da informação e comunicação), ou melhor TICs...
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